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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

“Os bons estão na rádio. Os melhores estão no SPOT”

Foi hoje lançada oficialmente a 3ª edição dos Prémios SPOT – Prémios de Publicidade na Rádio, uma iniciativa com organização conjunta da Media Capital Rádios, grupo r/com e a Controlinveste Media.“Os bom estão na rádio. Os melhores estão no SPOT” é o mote do evento.


premios_spot.jpgSalvador Bourbon Ribeiro, responsável da área comercial da Media Capital Rádios, anunciou os nomes dos participantes que viriam a dar vida a uma conversa moderada por Cristina Amaro (do programa Imagem de Marcas), com participação de Rita Torres Baptista (directora de marketing do BES), Edson Athayde (publicitário) e Paula Cordeiro (coordenadora em unidade em ciências da comunicação do ISCSP e coordenadora científica do Rádio em Congresso).

Cristina Amaro lançou o mote para o debate. “Os novos desafios do mercado publicitário na rádio”. A pergunta lançada foi especificamente para o único publicitário que, melhor do que ninguém, poderia responder à perguntar sobre a abertura por parte do mercado publicitário na rádio. Em resposta, Edson admitiu que a pergunta deveria ser colocada ao contrário, uma vez que quanto mais abertura houver por parte deste meio, melhor para os publicitários. Para ele, não existe um momento bom ou mau para fazer publicidade em rádio; o importante é encontrarem-se coisas e pessoas interessantes para o fazer.


No evento, que decorreu esta manhã no Auditório do Diário de Notícias, Edson Athayde defendeu que nem sempre os formatos tradicionais em publicidade para rádio são os que chamam mais a atenção dos ouvintes; pelo contrário. Contudo, torna-se necessário convencer os anunciantes que a mensagem a passar deve seguir o exemplo que até agora sempre foi seguido: 30 segundos são essenciais para se transmitir uma ideia.

Rita Torres Baptista relembrou que o mérito que o Banco Espírito Santo (BES) tem por ser considerado o maior anunciante em rádio deve-se o modo como os seus publicitários fazem o seu trabalho. O BES passa a sua publicidade na rádio durante as 52 semanas do ano e é o resultado final das mesmas que faz com que o ouvinte interprete como deve ser a mensagem transmitidas. Mas para isso é necessário fugir à normalidade e enveredar pelo caminho fora do comum, considera.


A par disso, a directora de marketing do BES sublinha que "é necessário construir uma série de frases num curto espaço de tempo. Num formato tradicional que implica os 30 segundos"; e noutro que sai do convencional com assuntos que interessam à audiência. Isto é, não com assuntos de agenda da empresa, mas que entretenham o público-alvo.

Contudo, com os novos desafios que plataformas inexistentes há 10 anos atrás trazem, a rádio vê-se obrigada a “transformar-se”. Paula Cordeiro, perita na área da rádio e da sua evolução, admite que nos últimos tempos este meio tem vindo a adoptar a linguagem visual, lembrando que a rádio sempre enfrentou desafios, sobretudo no século XX com o aparecimento da televisão. E isso, leva a especialista a afirmar que a mítica frase “a rádio está sempre a morrer” é totalmente errada e que correcto seria dizer-se que “a rádio esta constantemente e renovar-se”. 

Actualmente, a rádio pode ser ouvida em várias plataformas: internet, rádio, telemóvel, aplicações. O grande desafio que se lhe impõe é saber quais as necessidades dos ouvintes, ir ao encontro dessas necessidades que, muitas vezes, têm resposta na publicidade. Publicidade essa que, “devido aos cortes orçamentais, tem vido a ser cada vez menos e esse desinvestimento obrigou a que as rádios fossem suficientemente criativas para continuar a cativar esse investimento e acima de tudo o tornar mais eficiente e eficaz. Ou seja, deixa de ser um investimento essencialmente em spots, chegando mais a uma parte de conteúdos de entretenimentos associados a marcas”, revela Paula Cordeiro.

Aproveitando o início da nova rádio Vodafone FM, Cristina Amaro questionou os convidados sobre o facto de que, tal como esta marca, também outras poderem seguir pelo mesmo caminho. Edsion admitiu que espera, nos próximos meses, ver outras empresas a fazerem-no, uma vez que pode tornar-se mais uma tendência. Já Rita Baptista revelou que tal é interessante mas que a sua marca, o BES, não possui o perfil ideal para se constituir enquanto uma emissora.

Mais realista, Paula Cordeiro reconhece que a questão da Vodafone não tem tanto que ver com a rádio mas antes com a música. Este segmento, que parece estar a perder-se, segundo a coordenadora científica do Rádio em Congresso, vai ser reavivado pela Vodafone FM que, ao lançar novos artistas musicais, vai poder, posteriormente, partilhar tudo não apenas nas redes sociais mas com os seus clientes através de aplicações que poderão ser descarregadas para os telemóveis.

Porém, Paula Cordeiro admite achar estranho ainda não terem aparecidos mais marcas, mesmo sem serem de operadoras móveis, a criar as suas próprias rádios. Tal como esclarece Edson Athayde, esta é já uma forma de publicitar a própria marca.

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